Braga: Sub-região do Cávado é a única com esperança de vida superior a 82 anos

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a sub-região do Cávado, que inclui os concelhos de Amares, Barcelos, Braga, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde, é a única em Portugal onde a esperança de vida à nascença ultrapassa os 82 anos, fixando-se em 82,62 anos.

Estes números destacam-se face à média nacional, que é de 81,17 anos, com a região Norte a registar valores acima desta média, enquanto as regiões do Sul e Centro apresentam valores mais próximos do global do país.

A pandemia de COVID-19 teve um impacto significativo na esperança de vida em Portugal, mas desde então, a tendência voltou a ser de crescimento.

A esperança de vida à nascença para o conjunto da população portuguesa subiu para 81,17 anos, enquanto para os homens é de 78,37 anos e para as mulheres é de 83,67 anos, demonstrando uma diferença notável entre géneros. De realçar que as mulheres vivem, em média, 5,3 anos mais do que os homens, mas com menos anos de vida saudável.

No Norte, a esperança de vida aos 65 anos situou-se em 19,75 anos (21,11 para mulheres e 18 anos para homens), um dos melhores indicadores a nível nacional.

Por outro lado, as sub-regiões Centro e Norte lideram os valores de esperança de vida à nascença, com 81,57 anos e 81,47 anos, respetivamente.

Em contraste, as regiões do Sul apresentam uma esperança de vida inferior, destacando-se o Algarve com valores abaixo dos 80 anos. Nas sub-regiões da Área Metropolitana do Porto, a esperança de vida está fixada em 81,20 anos, enquanto outras regiões como Aveiro, Viseu e Dão Lafões também têm resultados superiores à média nacional.

A nível europeu, Portugal ocupa a nona posição em termos de esperança de vida à nascença, liderada por Espanha, com 83,2 anos. Contudo, viver mais tempo não significa necessariamente viver melhor.

O país está apenas na 22.ª posição no que toca aos anos de vida saudável, registando 59,1 anos, abaixo da média da União Europeia de 62,6 anos. Isso significa que, embora os portugueses vivam mais tempo, passam cerca de 20 anos das suas vidas com limitações de saúde, o que tem levantado preocupações sobre a qualidade de vida na velhice.

Este relatório sublinha a importância de promover um envelhecimento saudável e uma maior qualidade de vida para os cidadãos mais idosos, um dos maiores desafios que Portugal enfrenta atualmente.