Câmara da Póvoa de Varzim foi obrigada a restituir a chave do campo de tiro ao Clube de Tiro de Rates, após uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto.
A autarquia havia revogado o contrato de comodato e tomado posse administrativa do espaço, mas o tribunal não encontrou provas suficientes para justificar essa ação.
João Trocado, vereador da oposição pelo Partido Socialista, expressou a sua indignação, afirmando que a Câmara manteve o equipamento desportivo fechado durante quase dois anos devido a conflitos externos. “O tribunal não deu como provada a matéria de facto invocada pela autarquia e, portanto, a chave do campo de tiro terá de ser restituída ao clube”, afirmou Trocado.
Por sua vez, Aires Pereira, presidente da Câmara, defendeu que a autarquia sempre esteve confortável com o protocolo estabelecido com o clube, mas deixou de estar de acordo quando este deixou de ter atividade desportiva, transformando as instalações numa fábrica de produção de coronhas para espingardas.
“Nunca tivemos intenção de gerir o espaço e desejamos que o clube retome a sua atividade desportiva“, sublinhou o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim.
Em maio de 2023, a Câmara da Póvoa de Varzim decidiu anular o contrato de comodato com o Clube de Tiro de Rates, alegando a presença de atividades ilegais, incluindo uma fábrica de coronhas e uma loja de armas.