Nunca uma escola em Esposende teve um investimento do género. A Câmara de Esposende anunciou hoje que está prestes a realizar um dos maiores investimentos da sua história, com a aprovação do projeto para a execução da segunda fase das obras de reconstrução e ampliação da Escola Secundária Henrique Medina, com um valor estimado de cerca de 22 milhões de euros.
Esta segunda fase de intervenção tem como objetivo “complementar os trabalhos já realizados na primeira fase da empreitada”, que incluíram “a requalificação de áreas administrativas, biblioteca e papelaria, a construção de um novo auditório e a ampliação da cantina escolar”, num investimento que ultrapassou “os 2,6 milhões de euros”, afirma a autarquia.
Entre as intervenções previstas para esta segunda fase estão a requalificação das salas de aula existentes, a ampliação destas salas, a expansão e melhoria da zona da cozinha, bar e espaços de apoio, bem como a requalificação do pavilhão gimnodesportivo.
Além disso, está planeada a construção de um novo edifício e a requalificação de todos os espaços exteriores e infraestruturas externas, incluindo a criação de ligações interiores entre os vários edifícios para facilitar a circulação.
Destaque-se que, no âmbito desta intervenção, a Escola Secundária Henrique Medina será equipada com um Centro Tecnológico Especializado em Informática, como parte do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Com um orçamento aprovado de mais de 1 milhão de euros, este investimento visa modernizar e reabilitar as instalações existentes, adquirindo recursos tecnológicos educativos para melhorar a capacidade de resposta do sistema educativo local.
Com uma população escolar de mais de mil alunos, a Escola Secundária de Esposende enfrenta atualmente problemas de degradação em elementos estruturais e equipamentos, bem como deficiências ao nível do conforto térmico, acústico e eficiência energética. Reconhecida como uma das escolas “muito urgentes” pelo Ministério da Educação, esta intervenção é crucial para melhorar as condições de ensino e aprendizagem.
A primeira fase da intervenção, financiada em parte por fundos comunitários, foi realizada através de um acordo entre o Município de Esposende e o Ministério da Educação e Ciência. No entanto, os custos acabaram por ser superiores ao previsto, com a câmara municipal a assumir encargos adicionais.
O presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, manifestou a sua” satisfação com o avanço do processo de requalificação da escola”, sublinhando a importância desta obra para a comunidade.
“Espera-se agora que as obras arranquem em breve, após a garantia do financiamento necessário e a abertura do concurso público”, afirma.
Este investimento reflete a aposta do Município na área da Educação, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, reforçando o compromisso com a qualidade e modernização do ensino no concelho.