Este achado, que pode estar relacionado com a produção de sal, e datar de 1200 a 1400 AC, foi encontrado por Sérgio Monteiro-Rodrigues, professor de Arqueologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que reside em Esposende.
“O que estamos a fazer aqui é arqueologia de salvamento. Pois o movimento das marés vai acabar por destruir isto. Não sabemos ainda muito bem o que é, mas pode ser, eventualmente, uma espécie de salina”, referiu Sérgio Rodrigues, dando nota que a estrutura surge numa antiga lagoa que existia em Rio de Moinhos.
“No passado, esta zona era um rio que acabou por dar origem a um pântano, e depois a uma lagoa, à medida que o nível do mar foi subindo. E este achado está precisamente no que foi o fundo desse lago, que começou a formar-se há mais de 6 mil anos”, deu nota.
O próprio arqueólogo, juntamente com a Câmara de Esposende, estão agora a registar o achado, que surge também devido à forte erosão costeira.
Daí que, e como foi explicado pelos responsáveis da autarquia, seja importante registar e relatar qualquer estrutura ou objeto mais fora do comum que apareça na zona costeira de Esposende, num espécie de cidadania ativa na salvaguarda da arqueologia do concelho. De facto, ao longo dos últimos anos, o litoral de Esposende tem vindo a surpreender com sucessivos achados arqueológicos.
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