Milhares de pessoas reuniram-se em frente ao edifício da Junta da Galiza em Santiago de Compostela para protestar contra o projeto da biofábrica de fibras sustentáveis da empresa portuguesa Altri, previsto para ser instalado perto de Lugo, Galiza.
Este é o segundo protesto significativo contra o projeto, que está avaliado em 900 milhões de euros.
Motivação do Protesto
O projeto, que prevê a construção de uma biofábrica para a produção de fibras sustentáveis, tem gerado grande descontentamento entre a população local.
Os manifestantes, com palavras de ordem como “A Galiza está em luta. Não ao roubo da nossa terra!”, expressaram suas preocupações sobre os potenciais impactos ambientais e sociais da instalação da biofábrica.
Marta Gontá, porta-voz da plataforma Ulloa Viva, que organizou o protesto, afirmou que a iniciativa reuniu cerca de 30 mil pessoas.
“A Galiza não permitirá que projetos altamente poluentes nos obriguem a viver pior em toda a região”, destacou Gontá, refletindo o sentimento de muitos dos presentes.
Apoio e Reações
Além da plataforma Ulloa Viva, a Plataforma de Defesa da Ria de Arousa também manifestou oposição ao projeto.
Xaquín Rubido, porta-voz da plataforma, exigiu a suspensão imediata do projeto, enfatizando os riscos ambientais e de saúde pública associados à biofábrica.
O grupo Altri, responsável pelo projeto, registrou no primeiro trimestre deste ano lucros de 21,6 milhões de euros, um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2023.
No entanto, até o momento, a empresa não respondeu às tentativas de contato para comentar o protesto.
Os manifestantes continuam a exigir que as autoridades reconsiderem a aprovação do projeto, defendendo a preservação do meio ambiente e a saúde das comunidades locais.